terça-feira, 10 de maio de 2011

Aleitamento Materno

Para Delgado; Halpern (2005) “Independente das habilidades do bebê para se alimentar, a impaciência ou inexperiência da mãe, durante a amamentação, podem levar o bebê a um desempenho inadequado”. Mães com baixa escolaridade, adolescentes e primíparas, constituem categorias de risco para introdução de outros alimentos, além do leite materno.
Amamentar crianças exclusivamente ao seio poderia ajudar a diminuir a mortalidade infantil, já que crianças alimentadas exclusivamente ao seio nos seis primeiros meses de vida, apresentam ganho de peso adequado, sendo acentuado nos primeiros quatro meses e desacelerando posteriormente. Assim sendo crianças amamentadas com leite materno predominantemente nos primeiros meses de vida apresentam velocidade maior de crescimento em relação àquelas amamentadas com alimentação artificial.
A Organização Mundial de Saúde, em associação com a UNICEF, desde 1991 tem empreendido um esforço mundial para proteger, promover e apoiar o aleitamento materno. A OMS recomenda que o aleitamento materno deva ser exclusivo até os seis meses de idade. Ou seja, até essa idade, o bebê deve tomar apenas leite materno e não deve dar–se nenhum outro alimento complementar ou bebida.
Para Bee (1997) tanto os bebês amamentados ao seio quanto os que utilizam a mamadeira alimentam-se quase com a mesma frequência. O que difere é a qualidade nutricional oferecida ao bebê durante sua alimentação. Muitos estudos apontam que a amamentação natural é substancialmente superior, do ponto de vista nutricional do que a amamentação artificial. O leite materno oferece ao bebê anticorpos importantes contra doenças, especialmente as infecções gastrintestinais e respiratórias superiores.  O leite materno é ideal para o desenvolvimento adequado nos primeiros meses de vida, sem necessidade de complemento.
A idade média em que ocorre o desmame é de 3,3 meses, ou seja, antes de quatro meses de idade. Algumas das causas apontadas pelas mães como fatores para o desmame precoce são: "o leite era fraco" ou "não sustentava", "o leite secou" e "ele largou o peito". Em outros casos as mães alegam que há orientação médica para suspensão do aleitamento materno. Outro motivo que pode influenciar o desmame precoce, pode ser os aspectos biológicos da amamentação, o aleitamento materno não deve produzir dor, e este fato é uma das principais causas de problemas na amamentação, pois interfere com o reflexo de ejeção do leite. Em consequência do bebê não conseguir mamar, a mãe sente-se angustiada, o que inibe ainda mais a ejeção láctea, podendo conduzir ao fracasso da amamentação.
Segundo Kitoko et al (2000) cidades que apresentam um alto índice de amamentação natural exclusiva em bebês de até quatro meses, se deve a programas de ação com atividades que promovam esta forma de alimentação para o bebê. E as cidades que apresentam baixo índice de aleitamento materno exclusivo até o quarto mês, se deve a falta de recursos financeiros e profissionais capacitados para a implementação e manutenção das intervenções. Venâncio et al. (2002) concordam com estes autores. Para estes a “heterogeneidade da prática da amamentação leva a crer que a realização de diagnósticos locais da situação da amamentação poderia ser incentivada no sentido de subsidiar o planejamento de intervenções apropriadas.”

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